Hoje comemoramos o dia de Nossa Senhora da Penha, ou nossa Senhora das Alegrias, aqui no Espírito Santo.
Romaria das Mulheres: Milhares de mulheres com balões coloridos seguiram em romaria - Fonte: Gazeta Online |
Estamos em festa desde o Domingo de páscoa, pois Deu inicio a semana do Oitavário de Nossa Senhora.
foto: Chico Guedes
Festa da Penha possui uma das maiores romarias do país - Romaria dos Homens - Fonte: Gazeta Online |
Segue um pouco da História do Convendo da Penha
Conhecendo o convento
Num
penhasco – de 154 metros de altitude e localização privilegiada a 500
metros do mar – que ostenta no seu entorno imponente fragmento da mata
atlântica, está edificado o Santuário de Nossa Senhora da Penha, fundado
por Frei Pedro Palácios, que aqui chegou em 1558, trazendo consigo o
Painel de Nossa Senhora das Alegrias.
O monumento arquitetônico, peculiar na singeleza e sobriedade,
apresenta em sua trajetória histórica muitas reconstruções como a
excepcional concepção arquitetônica do Convento, inscrustado na rocha do
morro, abrindo as janelas de suas celas para o magnífico panorama da
barra de Vitória e do oceano Atlântico, enquanto de sua fachada se tem
bela vista panorâmica de Vila Velha.
No seu início, Frei Pedro Palácios encontrou abrigo numa gruta de
pedra, atualmente denominada Gruta de Frei Pedro Palácios, que tem ao
lado o oratório de construção anterior a sua chegado ao Espírito Santo,
que abriga uma réplica do Painel de Nossa Senhora das Alegrias.
Em 1562, construiu uma Capela dedicada a São Francisco de Assis, no
local hoje denominado largo do Convento (Campinho), e em 1568, foi
edificada, no cume do penhasco, a Capela que recebeu a imagem de Nossa
Senhora da Penha, vinda de Portugal em 1569.
A Capela de Nossa Senhora da Penha sofreu várias ampliações, e anexo,
foi construído, em várias etapas, o Convento da Penha, juntamente com o
prédio do museu que é a histórica ex-“Casa dos Romeiros”; residência de
hóspedes e as ruínas das antigas senzalas, cuja pedra fundamental data
de 1650.
No interior do Convento, o espaço mais expressivo é o da Igreja com
sua preciosa Capela-Mor. O interior da igreja é revestido, parcialmente
com madeira em cedro, entalhada com motivos fitomorfos, executada pelo
escultor português José Fernandes Pereira, nos anos de 1874 a 1879,
inclusive o assoalho com trabalho de marchetaria que no ano de 1980 foi
reformado.
No Altar Mor da Igreja, remodelado em 1910, há mais de 200 peças de
19 tipos diferentes de mármore que adornam o retábulo e colunas. Possui
cuidadosa talha de madeira dourada do escultor italiano Carlo Crepaz,
adotando a caligrafia de ornamental do ecletismo pontuada por capitéis,
coríntios, festões, guirlandas com elementos vegetalistas, medalhões,
anjos e frontão, datando do século XIX.
No centro do retábulo, o nicho de Nossa Senhora, que abriga a Imagem
da Virgem da Penha, de origem portuguesa, de 1569. A imagem é ladeada
por anjos e querubins e honrada com as imagens dos maiores santos
franciscanos: São Francisco de Assis e Santo Antônio de Lisboa e de
Pádua.
Enobrecem as paredes da capela as primorosas obras paisagísticas do
Convento da Penha, realizadas por Vitor Meireles, encomendadas por Frei
João Costa, entregues em 1877, e as obras sacras de Pedrina Calixto, que
assinou as mesmas nos anos de 1926 a 1927.
Este santuário testemunha, desde os primórdios do povoamento da terra
capixaba, a trajetória histórica evangelizadora dos religiosos da Ordem
dos Frades Menores da Província Franciscana da Imaculada Conceição do
Brasil e, também, a devoção a Nossa Senhora da Penha, padroeira do
Estado do Espírito Santo, que ultrapassa as barreiras do Estado, pois
milhares de romeiros e devotos chegam ao Santuário para visita-lo,
render graças e apresentar suas homenagens e pedidos.
Hoje o Santuário da Penha abrange uma área de 632.226 m2. No seu
interior abriga séculos e séculos de história, de fé e esperança, de
devoção e coragem e é sem dúvida considerado o maior atrativo turístico e
religioso do Estado do Espírito Santo.
RESTAURO
Marco
da arquitetura do período colonial brasileiro, o conjunto do Convento
da Penha foi tombado como patrimônio histórico cultural pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1943. A
restauração do altar mor do Convento da Penha começou em janeiro de 2009
e foi concluída no dia 17 de dezembro de 2011.
O projeto de restauração do Altar Mor e do Arco do Cruzeiro do
Convento da Penha esteve sob coordenação dos restauradores Ailton Tadeu
Costa e Catarina de Cássia Zambe Costa. Depois de muita pesquisa, a
dupla encontrou as camadas originais do altar, que datam de 1800. O
estilo artístico rococó, baseado em cores claras, tons pastéis e
douramento é predominante no Convento da Penha. “Encontramos duas
camadas de tinta em cima do douramento do altar, algumas partes estavam
comidas por cupim. Abrimos pedaços na estrutura para encontrarmos uma
sequência lógica para o trabalho de restauração. Usamos resina para
restaurar os defeitos”, informou Aílton.
GRUTA FREI PEDRO PALÁCIOS
Depois de pisar em solo firme na Capitania do Espírito Santo, Frei
Pedro Palácios desapareceu. Dias depois, seus companheiros de viagem
resolveram procurá-lo e só depois de três dias encontraram-no no sopé da
montanha, junto à praia, ao lado esquerdo de quem entra pelo atual
portão da ladeira. Ainda hoje é conhecida por “Gruta de Frei Palácios”
e, desde 1864, é assinalada por uma lápide comemorativa, que mandou
colocar o último guardião Frei Teotônio de Sta. Humiliana: “Ecce Petri
Palacios arcta habitatio prima/ Qui Diminam a Rupe vexit ad ista loca,/
Mirum Coenobium construxit vertice rupis,/ Quo tandem Dminae transtulit
effigiem/ Quam magnis meritis vita decessit onustus,/ Jam promissa bonis
praemia coelitum habet”.
Traduzindo: “Eis de Pedro Palácios a primeira e estreita habitação,/ o qual trouxe para estes lugares a Senhora da Penha./ Construiu no cume do monte um admirável Convento, / para onde transferiu, finalmente, a imagem./ Onerado de grandes merecimentos passou desta vida,/ e já possui os prêmios celestes prometidos aos bons”.
LADEIRA DA PENITÊNCIA
A Ladeira da Penitência” que é uma via de acesso ao Convento exclusiva de pedestre, é também conhecida como a “Ladeira das Sete voltas” ou ainda das “Sete Alegrias de Nossa Senhora”. O nome de Ladeira da Penitência é devido à sua declividade acentuada e disformidade de calçamento feito de pé-de-moleque, o que exige esforço para subi-la.
A Ladeira da Penitência” que é uma via de acesso ao Convento exclusiva de pedestre, é também conhecida como a “Ladeira das Sete voltas” ou ainda das “Sete Alegrias de Nossa Senhora”. O nome de Ladeira da Penitência é devido à sua declividade acentuada e disformidade de calçamento feito de pé-de-moleque, o que exige esforço para subi-la.
O nome de “Ladeira das Sete voltas” é devido as curvas graciosas; e
toda ela como que serpenteia pela mata, com seus recantos maravilhosos e
convidativos à meditação e à oração a cada volta. As Sete Voltas também
insinuam as “Sete Alegrias de Nossa Senhora”, devoção instituída e
propagada pela Ordem Franciscana: anunciação, visita da prima Isabel,
nascimento de Jesus, recebimento do Espírito Santo, apresentação de
Jesus no templo, ressurreição e ascensão de Nossa Senhora.
Sua existência data da fundação do Convento, tendo já passado por ela
personalidades importantes de cenário religioso e político do País, a
exemplo do Imperador Dom Pedro II e sua comitiva em 1860. O seu
calçamento de pedras é produto do trabalho dos escravos, que ocorreu
pelo ano de 1643, iniciativa do Frei Paulo de Santo Antônio, tendo sido
entre 1774 e 1777 renovado e que perdura até os nossos dias.
A subida pela Ladeira da Penitência resulta numa caminhada de 457
metros, cheia de encantos pelas pedras seculares do calçamento, pelo
verde da árvores seculares, pelas sete voltas com suas cruzes e
mini-nichos com imagens para meditações e orações.
Na década de 1940 construiu-se o novo caminho de acesso rodoviário para o convento, cujo portão foi construído em 1952.
PORTÃO ANTIGO
Portão construído em 1.774, com detalhes em relevo. Por ele se entra pela histórica e fascinante “Ladeira das Sete Voltas”, primitivo caminho para o alto da montanha. Está localizado próximo à entrada do 38º BI.
Portão construído em 1.774, com detalhes em relevo. Por ele se entra pela histórica e fascinante “Ladeira das Sete Voltas”, primitivo caminho para o alto da montanha. Está localizado próximo à entrada do 38º BI.
PORTÃO DE ACESSO PELA ESTRADA DE RODAGEM – Portal
construído em 1.952, é a principal entrada de acesso ao Convento. Sua
estrutura arquitetônica retrata o estilo de construção dos anos 50,
porém imitando o portal antigo que foi construído em 1.777.
MUSEU
Instalado pelo então guardião do Convento, Frei Alfredo W. Setaro, em 1952, o mseu de Nossa Senhora da Penha, na antiga Casa dos Romeiros. Foi reinaugurado, no ano de 2000, pelo guardião Frei Geraldo A. Freiberger. O Museu de Nossa Senhora da Penha exibe vários objetos do acervo histórico do Convento, selecionados nas raras coleções que documentam o cotidiano do Santuário, por mais de quatrocentos anos.
Instalado pelo então guardião do Convento, Frei Alfredo W. Setaro, em 1952, o mseu de Nossa Senhora da Penha, na antiga Casa dos Romeiros. Foi reinaugurado, no ano de 2000, pelo guardião Frei Geraldo A. Freiberger. O Museu de Nossa Senhora da Penha exibe vários objetos do acervo histórico do Convento, selecionados nas raras coleções que documentam o cotidiano do Santuário, por mais de quatrocentos anos.
Estão em exposição peças sacras, de liturgia, de vestimentas, dentre
outras, além de ficar exposta uma parte da edificação do Santuário, no
formato de uma “abóbada de tijolos apoiada sobre quatro pilares contígua
a um pequeno cômodo originalmente de meia-água, em alvenaria de pedra e
cal”.
SALA DOS MILAGRES
Ao lado do museu está a Sala dos Milagres, que mostra parte da variada coleção de ex-votos, ofertados à milagrosa Virgem da Penha. A devoção popular de “pagamento de promessa” pelos devotos é secular e, aqui no Santuário, são muitíssimas as ofetas de ex-votos depositadas aos pés da imagem da Virgem da Penha.
Ao lado do museu está a Sala dos Milagres, que mostra parte da variada coleção de ex-votos, ofertados à milagrosa Virgem da Penha. A devoção popular de “pagamento de promessa” pelos devotos é secular e, aqui no Santuário, são muitíssimas as ofetas de ex-votos depositadas aos pés da imagem da Virgem da Penha.
Além dos objetos de ex-votos compostos de muletas, peças em cera e
gesso, vestimentas e fotografias, a sala dos milagres também abriga a
imagem de Nossa Senhora da Penha, esculpida por Carlo Crepaz, em 1958,
fac-símile da original que também é denominada imagem peregrina por
visitar as par´quias e comunidades de todo o Estado.
CAMPINHO
No sopé do penhasco (não confundir com o sopé da montanha), onde foi construído o convento e a igreja, fica uma pouca extensa chapada, que hoje é conhecida como Campinho, onde nos dias normais funciona o estacionamento. Em dias de festa, como a da Padroeira do Espírito Santo, as Missas principais são ali celebradas, tanto que foi construído um altar fixo no local. Do Campinho se pode ter uma das mais belas imagens do convento, onde as duas palmeiras se destacam.
No sopé do penhasco (não confundir com o sopé da montanha), onde foi construído o convento e a igreja, fica uma pouca extensa chapada, que hoje é conhecida como Campinho, onde nos dias normais funciona o estacionamento. Em dias de festa, como a da Padroeira do Espírito Santo, as Missas principais são ali celebradas, tanto que foi construído um altar fixo no local. Do Campinho se pode ter uma das mais belas imagens do convento, onde as duas palmeiras se destacam.
Também neste espaço plano está construída a ermida ou Capelinha de São Francisco, que era a moradia habitual de Frei Pedro Palácios. Nela entregava-se aos exercícios de penitência e oração. No Campinho também há uma loja de artigos religiosos e uma lanchonete.
RUÍNAS E ESCRAVOS
No patamar em frente da Secretaria Conventual, existe um portão no muro que dá acesso, por uma escadaria, à casa de hóspedes. Deste ponto, pode se ver uma área gramada com ruínas. É também o acesso à senzala dos escravos.
No patamar em frente da Secretaria Conventual, existe um portão no muro que dá acesso, por uma escadaria, à casa de hóspedes. Deste ponto, pode se ver uma área gramada com ruínas. É também o acesso à senzala dos escravos.
Segundo o historiador franciscano desta Província da Imaculada, Frei
Basílio Röwer, autor de Páginas de História Franciscana no Brasil, o
número de escravos “ultrapassava o de qualquer outro convento”. Esta
mão-de-obra, de que os franciscanos dispuseram desde os tempos
coloniais, era por eles empregada nos mais variados serviços: nas
lavouras do pomar, no atendimento do gado e limpeza dos currais, nas
atividades da pesca, nos encargos ligados à rotina diária dos
conventuais. Fala ainda frei Basílio dos escravos músicos “para
solenizar as festas e acompanhar as procissões” e se refere também aos
escravos que os franciscanos alugavam aos moradores de Vila Velha e de
Vitória para serviços em geral, fato muito comum durante a escravatura
negra no Brasil. Com estes aluguéis, os donos de escravos obtinham
ganhos extras.
Além disso, nas festas religiosas, uma tradição constante no Brasil
colonial e provincial, os escravos eram utilizados para conseguir
esmolas para o convento. Foi graças à mão-de-obra escrava que os
franciscanos puderam realizar muitas das grandes obras do santuário e do
seu entorno, inclusive o calçamento, a pedra, da ladeira tradicional
que dá acesso ao monumento, e até a construção das senzalas para teto
dos escravos.
MATA ATLÂNTICA
A faixa de Mata Atlântica existente no Santuário da Penha é o mais importante pulmão verde da cidade de Vila Velha e abriga uma variada flora e fauna em 50 hectares. Mas nem sempre foi assim. Na segunda metade do século XX, a mata do morro estava bastante devastada. Foi a partir de 1970 que começou a preocupação com o reflorestamento do morro, com o plantio de árvores nativas, um trabalho realizado pela Vale do Rio Doce, o governo estadual e o Convento. Milhares de mudas de árvores nativas foram plantadas, fazendo com que atualmente o verde da flora realce o branco das paredes do convento no alto do morro.
A faixa de Mata Atlântica existente no Santuário da Penha é o mais importante pulmão verde da cidade de Vila Velha e abriga uma variada flora e fauna em 50 hectares. Mas nem sempre foi assim. Na segunda metade do século XX, a mata do morro estava bastante devastada. Foi a partir de 1970 que começou a preocupação com o reflorestamento do morro, com o plantio de árvores nativas, um trabalho realizado pela Vale do Rio Doce, o governo estadual e o Convento. Milhares de mudas de árvores nativas foram plantadas, fazendo com que atualmente o verde da flora realce o branco das paredes do convento no alto do morro.
O efetivo reflorestamento da mata do Convento foi feito de janeiro de 1990 a dezembro de 1993, quando foram utilizadas 2.500 mudas/ha, sendo 60% de espécies pioneiras, 15% de secundárias iniciais, 15% de secundárias tardias e 10% de climáticas.
Além de muitas espécies de répteis – é muito comum encontrar a família de jiboias pelo morro -, há muitos saguis e aves no morro.
Oi amada aqui no Rio temos o Santuário de Nossa Senhora da Penha,que por sinal fica no morro,onde ano passado ocorreu a pacificação tornando o santuário um ponto turístico seguro e agora muito mais visitado é um lugar lindo,onde nosso amado Padre Serafim cuida com todo amor,que Nossa Senhora ilumine nossas vidas cada dia mais.beijos
ResponderExcluirOi Roberta, boa noite!!
ResponderExcluirVim visitá-la e fiquei encantada com o seu Blog.
Já estou seguindo-a.
Sou a Carminha e faço parte dos Catequistas Unidos... Tô feliz demais, com isso. Fique com Deus